terça-feira, 11 de julho de 2023

Madeleine, The Bad Ass Feminist

 "When male foreign ministers from big countries complained that they couldn't get through to me as quickly as their female colleagues from Barbados and Liechtenstein, I said the solution was to have themselves replaced by a woman. There were no further complaints."

In "A 21st-Century Memoir; Hell and Other Destinations" By Madeleine Albright.


And this, Ladies & Gentlemen, is the right way to turn a table without hurting your back.

Or as the Euro 2022 champion Georgia Stanway puts it: "At times we need to be nastier. That's something I say to the girls a lot. Sometimes we're a little bit too nice to each other, a bit too nice with the opposition." 

(In a The Guardian interview, March 2023).


And I always thought there's nothing wrong about being nice to each other, especially if they are on your team, right? WRONG!!! You can't be nice with the ones throwing themselves on the pitch, playing the victim instead of football, or the sillys scoring goals for the other side - What are you doing?! You can't be nice to these people if you wanna turn tables.

Though I should also point out no nonsense Georgia got 8 yellow cards and just for this season... So we do need to become nastier, but not when the referee is looking at you 😉         

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Nothing Good Comes From That!

É uma moda que não começou com a pandemia, mas que esta veio agravar de forma dramática, a mania de julgarem os outros, pelos livros, (que têm atrás deles), nas suas estantes. Por amor de Deus! Não façam isso! Falo por mim. As minhas estantes - na verdade são só duas e uma terceira, de CDs, onde enfiei os livros antigos da coleção vampiro, que são os únicos que lá cabem e ainda havia espaço - estão cheias de "clássicos" que ficaram a meio e de outros "clássicos" que pretendo NÃO ler com toda a atenção, quando tiver algum tempinho livre para isso ;)    

Olha a "Montanha Mágica", nem a meio cheguei. Uma história que nunca mais desenvolve e tanta (mas tanta!) gente tuberculosa. Não gostei! Passei ao próximo… Comigo é assim, se ninguém morre assassinado de forma trágica e misteriosa até ao fim do segundo capítulo, começo a perder o interesse. O que deixa muito pouco espaço para os "clássicos", a não ser que sejam clássicos da literatura policial - E já li Todos!!!

Faz-me lembrar aquela frase do grande Hemingway, que dizia: "Don't judge try to understand". Ora aí está um dos raros, que nem precisa matar ninguém, para cativar toda a minha atenção. E se à primeira vista uma pessoa mais xoné poderia pensar que o Ernesto era mesmo super boa pessoa, aquilo que ele era mesmo, era super bom escritor. E compreender os outros não era um gesto de solidariedade ou simpatia, mas um exercício de inteligência. Um bocado cínico? Talvez, mas a haver algum segredo para escrever clássicos da literatura e da música, ou até mesmo slogans baratos da publicidade, deve ser este. Infelizmente, fosse o Hemingway nosso contemporâneo e o mais provável é que lhe tivessem respondido: "Ernesto, seu bêbado, tás cos copos outra vez! Vai mas é dormir e não digas asneiras!!"

Também não tenho grande paciência para compreender os outros. Já viram o tipo de pessoas que há por aí?! É mesmo de não querer saber… Mas depois só escrevemos merda :( Que dilema!

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Murder on the Malta Express, By John Sweeney, Carlo Bonni e Manuel Delia

As memórias do Churchill da segunda guerra mundial foi provavelmente a coisa mais fascinante que já li na minha vida. Adoro a segunda guerra mundial, (salvo seja!), mas o que eu gosto mesmo é daquele espírito inglês, que o Churchill personifica melhor que ninguém e que se resume mais ou menos assim: We will fight you in the sky, in the sea, in land, even in fucking hell if we need to, BUT WE SHALL NEVER (EVEEERR) SURRENDER, YOU SYCHO SUN OF A NAZI BITCH!

O que eu adoro isto!

E por que é que estou a falar disto? Porque foi este mesmo espírito que encontrei aqui neste livro sobre a vida e obra da Daphne Caruana Galizia. Neste caso não é nazismo, é mais fascismo, mas não menos virulento. Joseph Muscat, o "sycho sun of a fascist bitch" desta história, conseguiu virar um país inteiro - ainda que seja o mais pequeno país da União Europeia e se calhar por isso foi tão fácil - contra a sua melhor jornalista. Foi perseguida pelas ruas, atearam-lhe fogo à casa, envenenaram-lhe os cães, mataram-na com uma bomba no carro e até há bem pouco tempo destruíam todos os dias - e às vezes mais do que uma vez ao dia - o memorial de protesto a pedir justiça pelo seu assassinato e pelos crimes que investigou e divulgou. Fascismo do pior!



Mas tal como o Churchill, nem por um momento baixou a cabeça e devo dizer, que quanto mais furiosa se torna a sua luta contra a mafia corrupta que governa Malta, mais hilariante se torna a sua escrita. Um exemplo é esta resposta aos trapaceiros da Henley and Partners, que têm por core business, vender passaportes a trafulhas com dinheiro, que "queimaram" o passaporte original:

"No wonder Henley and Partners has broken out into a cold sweat. Regardless of their claims to the contrary, Malta is their only Eu-passports-like-pastizzi money-tap. And the Maltese government is the only EU member state government with which they have a contract - and not just a contract but crooks at the wheel, including the Prime Minister's chief of staff. Note to Henley and Partners: if you send me another cease-and-desist letter with a warning not to publish it, I'm going to publish it, then print it and use it when I next take the dog for a walk. If I'm angry enough, I might then even post it back to you."  

Esta é a Daphne Caruana Galizia que mais admiro, a jornalista que era capaz de criar seis problemas impossíveis de resolver, aos todos poderosos de Malta, antes sequer de tomar o pequeno-almoço. E a melhor montra deste seu ímpar talento é o seu blog, "Running Commentary", cuja leitura também recomendo vivamente. 
A minha personagem favorita é de longe a primeira-dama, sua alteza real (not!), Michelle Muscat, que é assim uma mistura de Evita Peron, com palhaço rico e cara de shar-pei. Na minha humilde opinião, talvez o livro peque por não fazer jus à enormidade que é a falta de noção do ridículo (e de gosto) desta senhora. Mas o blog faz. Inteira justiça. Desde, "Time for a positive post: Mittelkless highlights from Mrs Muscat's Queen of Fashion Scrapbook", até ao meu favorito, "Princess Leya is dead-but never mind, because Mrs. Muscat is dressed as a Jedi", se não tivesse visto as fotos com os meus próprios olhos, não acreditava. Mas admito que isto se calhar não é assim tão interessante e muito menos importante, só é muito divertido. 

Muito tenho lido, nos mais variados jornais e revistas, sobre a personalidade desta fascinante personalidade, mas, por mais invulgar que isto possa parecer, quem melhor descreve esta incrível jornalista é mesmo a própria, num post datado de 30 de Junho de 2017, nem 4 meses antes da sua execução à bomba:

«It’s an extremely difficult situation, but 30 years of trying to bulldoze me into the tarmac haven’t worked for no reason other than my character traits. It is the nature of my personality to think in terms of “Do your worst, you bastards, until the only option left to you is to take out a contract on my life. Let’s see where your obsession takes you.” But this is not learned. You are either that way, or you are not. And living like that shapes your life in a way that few people can handle, which I understand completely.»

É digno de Churchill ou não é? Posso apostar que aquela sua famosa frase, sobre os livros serem os meios, através dos quais, a humanidade será triunfalmente catapultada para o futuro, era mesmo acerca de livros como este. 
E sem vos querer estragar o final, também não resisto a adiantar que é um grande final. Não sei por quê criei esta fraca expetativa de que o final deste livro em particular, só podia ser uma desilusão e tanto que me enganei. Acaba bem ao estilo Churchilliano de "We Shall Overcome!" Acabei o livro lavada em lágrimas.   


Havia de haver mais pessoas assim… Até os guardei juntos na estante para fazerem companhia um ao outro.  A propósito, será isto, o que o Boris Johnson chama "The Churchill Factor"? Não deve ser…


A pior parte de ter lido estes dois livros assim, um a seguir ao outro, é que ao fim de dois anos a lutar ferozmente contra o fascismo - sim, demorei dois anos a ler o nobel do Churchill, que isto é um calhamaço! Não dá propriamente para enfiar no bolso e lê-lo em todos os pequenos tempos livres - estou a ler (e a apanhar a seca da minha vida!), com o "Revolucionary Road" do Richard Yates. Recheado de personagens, que a única coisa que combatem, é a imensa pasmaceira das suas vidas sem sentido. E mesmo assim, só duas personagens é que ainda lutam mesmo. As outras parecem-me irremediavelmente rendidas ao fatal tédio e à enorme frustração que as rodeia. Como é que me concentro nisto?  Os meus neurónios já ameaçam desmaiar de cada vez que lhe vou a pegar…

sábado, 26 de janeiro de 2019

Memórias da II Guerra Mundial, By Winston Churchill

"Devo admitir que os meu pensamentos incidem principalmente na Europa - o revivalismo da glória da Europa, o continente que deu à luz as nações e a civilização modernas. Seria um desastre incomensurável se o barbarismo russo se impusesse à cultura e independência dos antigos Estados da Europa. Conquanto seja difícil dizê-lo agora, confio que a família europeia venha a atuar em uníssono através de um Conselho da Europa. Espero com antecipado prazer a criação de uns Estados Unidos da Europa, onde as barreiras entre as nações estejam reduzidas ao mínimo e onde haja livre circulação de pessoas e bens. Espero chegar a ver a economia da Europa estudada como um todo. Tenho esperanças de que seja formado um Conselho, constituído talvez por dez unidades, incluindo as antigas grandes potências, com várias confederações (escandinava, danúbia, balcânica, etc.) que possua uma polícia internacional e com poder para manter a Prússia desarmada. É claro que teremos de trabalhar de muitos e diversos modos com os Americanos, mas a Europa é a nossa principal preocupação e certamente não queremos estar fechados num canto com os Russos e os Chineses, quando os Suecos, os Noruegueses, os Dinamarqueses, os Holandeses, os Belgas, os Franceses, os Espanhóis, os Polacos, os Checoslovacos e os Turcos apresentarem as suas questões escaldantes, o desejo do nosso auxílio e o grande poder que têm para se fazer ouvir. Seria fácil alargar-me sobre estes temas. Infelizmente, a guerra tem lugar prioritário na sua e na minha atenção."

Winston Churchill in "Memórias da II Guerra Mundial" 


Ena! Ena! Tantos bruxos e bruxas por aí, a adivinhar o que o Santo Churchill diria sobre o Bexit, se fosse vivo. E aposto que era neste excerto que estavam a pensar, não era? Pois, mas não tem nada a ver... Como aqui podem ler do que se fala é de uns "Estados Unidos da Europa": uma federação de estados independentes com livre circulação de bens e pessoas. Mesmo dos serviços ele não fala. Será que se esqueceu?! Ou será que a "livre circulação de serviços" foi uma péssima ideia? Sobretudo se tivermos em consideração as restrições que existem à livre circulação das polícias e tribunais?
Já começo a perder a conta ao número de crises que tivemos, à custa dos serviços circularem livremente por aí. Por muito que custe aos eurófilos de serviço, vão ter de reconhecer, que na Europa, hoje em dia, isto é mais livre circulação de dinheiro, corrupção e crime organizado… Acham mesmo que o Churchill era a favor desta merda?! Esta União Sovié... Europeia dominada por uma espécie de império franco-alemão?!!

Soltando também a bruxa que vive dentro de mim, acho que se o Churchill fosse vivo e ouvisse algumas das coisas que tenho ouvido, faria um aceno triste de reprovação e depois apagava-vos com o charuto no meio da testa. E enfiava-vos os dois dedos do V de vitória nos olhos. E era muito bem feito. Eu aplaudia. 

E não. Ainda não acabei o livro. Acham que a minha vida é ler livros?! Até é, mas não destes :(         

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Memórias da II Guerra Mundial, By Winston Churchill

"O Primeiro-Ministro espera que todos os súbditos de sua Majestade em cargos importantes deem o exemplo de perseverança e resolução. Devem impedir e refutar todas as opiniões pouco exactas e mal informadas que possam  ser expressas nos círculos que frequentam ou entre os seus subordinados. Não deverão hesitar em denunciar ou, se necessário, remover da sua presença quaisquer pessoas, oficiais ou funcionários que estejam a exercer conscientemente uma influência perturbadora ou deprimente ou aqueles cuja conversa é programada para espalhar o alarme e o desânimo. Só assim honrarão os combatentes que, no ar, no mar e em terra, já confrontaram o inimigo sem darem qualquer indício de poderem ser superados nas suas qualidades marciais."
(O sublinhado é meu)

Ainda não terminei de ler o livro e já é a minha passagem favorita, nestas memórias do Churchill da II Guerra Mundial. Quem fala assim, só podia ter a palavra "Win" inscrita no nome. E gostei tanto, que passei a adotar esta postura na minha vida… 
É que não se ganham guerras com gentinha desta a olhar por cima do ombro. P*** Que Os Pariu!    

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

HERÓIS CONTRA O TERROR, BY NUNO TIAGO PINTO

"Os jihadistas estavam todos mortos ou tinham fugido. A maioria da aldeia continuava intacta, apenas com buracos de bala ou crateras de alguns morteiros. Quando encontraram a equipa que tinha entrado na aldeia, ficaram a saber de algumas coisas que tinham acontecido. «O Bobby contou-nos que acabou por ser mais fácil do que esperava, porque os terroristas estavam sempre a gritar Allahu Akbar e acabavam por denunciar a sua posição. Eles só tiveram que ir por trás e lançar granadas para dentro das casas, que eles morriam todos», recorda Mário Nunes."

Nesta parte fui obrigada a parar de ler o livro aí durante uma boa meia-hora, só para me rir à vontade e com vontade. Esta e aquela parte de os terroristas do isis/ei/daesh/quegrandemerda! fugirem de medo, quando vêem os exércitos de curdos aproximarem-se, liderados por mulheres. Parece que o pior pesadelo de um jihadista é ser morto em combate por uma senhora. Não percebi muito bem... mas dizem, que segundo o profeta maomé, se uma coisa destas acontece a um jihadista, será sodomizado no paraíso por 40 cartoonistas do Charlie Hebdo. Fiquei chocada! Nunca pensei que estas coisas acontecessem no paraíso.

Agora a sério, o livro é muito bom e apesar destas duas palermices que contei, é um trabalho jornalístico sério e muito interessante. Coisa rara estas duas coisas juntas nos nossos dias. Mais, a luta contra os gajos do isis/daesh/ei/quegrandemerda! é uma luta difícil e está a ser muito mal apoiada. Há quase 20 anos que estes gajos andam por aí, a conspirar activamente contra o fim da civilização ocidental e toda a gente os trata como se fossem estúpidos. E são estúpidos de facto, mas são estúpidos muito melhor armados, muito melhor organizados e muito mais focados. Vistas as coisas por este prisma, parece mais que somos nós os estúpidos.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

LAGO SEM NOME, By Diane Wei Liang


A autora conta a história de uma jovem universitária, ela própria, apanhada no vendaval, que foi «o movimento para a democracia na China», em 1989. O livro é um guia turístico pela revolução cultural chinesa e o maoísmo, orientado pelas palavras de uma criança, adolescente e jovem chinesa. Aliás este é o grande mérito do livro, ser contado na primeira pessoa com tudo que de parcial e genuíno isso tem.
Wei nasce em 1966 no ano da revolução cultural que duraria 10 anos, o suficiente para arruinar a sua infância. Em 77 e após a morte de Mao, Deng Xiao Ping sobe ao poder, reata relações com os Estados Unidos e abre a China ao mercado global, para gáudio de todos os que queriam deixar os campos e voltar às suas cidades e profissões, como Wei e a sua família.
Em 89, no ano da primavera escaldante chinesa, o que preocupava a China era o Top Gun e o buzz do momento, o desastre de Chernobyl na Ucrânia. Os estudantes comparavam a desilusão amorosa em guerra e paz, com a de Anna Karenina, envolvendo-se em debates sobre qual a mais profunda. Tolstoi estava na moda e os chineses do séc. XX pareciam identificar-se com a Rússia do séc. XIX. Wei a personagem principal, preferia Dickens, Victor Hugo ou Dostóievsky.
O seu primeiro namorado, aos 20 anos, era um entusiasta do mercado asiático, como Singapura e Taiwan, adepto da política lançada por Deng Xiaoping, economia aberta e bico fechado. Por outro lado ouvia-se música tão variada como os Carpenters, Lionel Richie ou Wham e ao mesmo tempo, Schenzhen tornava-se a primeira zona económica da China. Agora parece claro, que toda esta repentina turbulência haveria de acabar em massacre!
Os primeiros gritos de liberdade na China tomaram forma com a visita de Mikhail Gorbachev, usavam-se fitas com palavras revolucionárias como as do americano Patrick Henry, “dá-me a liberdade ou dá-me a morte!”. O que o partido comunista chinês não sabia é que os estudantes estavam em crescendo. A revolução cultural estudantil estava apenas a começar e o partido comunista chinês cortou-a pela raiz em Tiananmen, na primavera de 1989. Ainda hoje os números não são conhecidos e a china continua a dividir-se entre os que acreditam que morreram meia dúzia de estudantes nos confrontos e os outros, que como Wei, viram milhares ser abatidos a tiro. O partido comunista sabia que a solidariedade e tolerância com os estudantes pagava-se cara e não esteve com meias medidas.
E como depois da tempestade vem a limpeza (e só depois a bonança), outros tantos milhares de estudantes eram perseguidos, acusados e executados. Os que conseguiam escapar rumavam à América com a ajuda de bolsas do governo Bush e mesmo os que não tinham porque escapar, como Wei, tentavam a sua sorte na corrida pelo sonho americano.
Wei consegue a sua bolsa de estudo americana e cedo começa os preparativos da sua “grande marcha”. Não queria ter de continuar a comprar sacos de arroz no mercado negro para conseguir ler “O amante de lady Chatterley” ou o livro de poemas de Guo Maurou, (um dos grandes escritores do movimento 4 de Maio de 1919), o livro que Wei queria levar para a América.
O que é que essa bonita palavra quer dizer:
Cerce - “cortava cerce” - pela raiz; rente.
Um pequeno apanhado das cábulas histórico-culturais:
Weiming - O lago afinal tem nome e é este o nome dele.
Miao - Minoria chinesa, (de entre 55 que tem a China?!), com língua e cultura próprias. Predominam no sul da China em províncias como Hunan, Sichuan, Hainan ou Ubei, por exemplo.
Cantonês - É o terceiro dialecto mais falado na China. Ouve-se sobretudo no sul da china e nas regiões de Hong Kong e Macau. Melhor só o mandarim e o wu.
Mandarim - É a língua oficial da China e uma de entre as 4 oficiais de Singapura.

“O amante de lady Chatterley” - É uma espécie de romance erótico de D.H. Lawrence. Escrito em 1928, o livro foi impresso em Florença e só em 1960 começou a desabrochar do tabu criado à sua volta.
Acontecimentos históricos que marcaram a china e estão gravados na base do monumento aos heróis do povo na praça de Tianamen, (ufa!):
As guerras do ópio - Foram duas. A primeira contra o Reino Unido, começou em 1839 e durou três anos. A segunda, também contra o Reino Unido, de 1956 até 1960, mas mais à séria para não haver dúvidas como na primeira. O Reino Unido ganhou e de gorjeta ainda levou Hong Kong e Singapura. Tudo por causa de quê?, do ópio e da sua livre comercialização na Ásia, (nada como uma guerra com valores, einh?!). Daqui à ascensão dos Boxers foi um pulinho, em 1912. a dinastia Quing vinha abaixo!

A ascensão dos Boxer - Não, a China não foi liderada por esses dóceis animais mas, o nome de sua raça, é também, o nome de uma das dinastias que tomou o poder na China, mais propriamente da dinastia Quing, que acusavam de ser imperialista e subjugada ao ocidente. Começaram a subir no ano de 1900, em que invadiram Beijing e mataram 230 estrangeiros (sobretudo ingleses, que de estrangeirada, pouco mais lá havia…).
O Movimento 4 de Maio - A primeira mostra do que são capazes os estudantes chineses na Primavera, deu-se, em 1919. Os estudantes uniram-se e protestaram juntos contra a posição chinesa no Tratado de Versailles. Tudo por causa de Shandong. Primeiro o domínio alemão e com Versailles, o desejo japonês, (teria petróleo esta província da China?!).

Invasão anti japonesa e a guerra civil, (ou como chegar ao comunismo em apenas 12 anos) - O primeiro ingrediente é a invasão da China pelo Japão. Em 1930’s, o Japão teve um sonho, que começou na China e não se sabe bem onde ia parar. Chiang Kai Chek, um nacionalista ferrenho, liderava a China ensombrado pela oprimida oposição comunista. Ora, cabendo-lhe a tarefa de proteger a China, of becoming a big Japan, tomou a ajuda comunista e durante 8 anos combateram juntos os inimigos japoneses. Em 1945, (com a ajuda dos aliados), comunistas e nacionalistas expulsam definitivamente os japoneses e assumem, finalmente, a guerra civil que os unia. Nacionalistas apoiados pela América, comunistas amparados pela Rússia, uma das grandes batalhas da guerra fria oriental. Neste caso, em 1949, a China era comunista!
Vamos desabrochar 100 flores - Assim começam todas as ideologias revolucionárias. A liberdade de expressão é o mote e Mao Tse Tung quer que na China desabrochem 100 ideias, 100 sonhos, 100 pensamentos! Tudo muito bonito mas … quanto começam a surgir centenas de ideias que afrontam o teu poder, se calhar é melhor apostar na agricultura. Mentes mais perversas insinuam que este movimento lançado por Mao, foi apenas uma estratégia de pôr a descoberto os opositores do regime, para, posteriormente, os neutralizar sem piedade, (eu sou mais rosseauniana …).

O ano da revolução cultural - A revolução cultural de 1966, esse bonito provérbio chinês que dizia, não deixes os teus inimigos descansados em momentos de reflexão, se os podes pôr a trabalhar o campo, (sendo que inimigos é uma força de expressão). Mao Tse Tung não era um mero idealista cego, era um poeta também e as suas reformas tinham todas nomes tão bonitos como, “desabrochar de 100 flores “, “grande salto adiante “, (“p’ra frente é que é o caminho”). O livro vermelho ditava o método das reformas e só em 1976, com a morte do poeta, era chegado o momento de parar para pensar.

4 de Abril de 1989, O massacre na praça de Tianamen - Os estudantes começaram a crescer para o governo chinês em Abril de 1989. Uma homenagem pela morte de Hu Yaobang e a queda da grande muralha de Berlim, faziam crer que tudo ia mudar na China. E mudou mas para pior. Após a Primavera escaldante de 89, depois do massacre dos estudantes, das execuções e prisões domiciliárias, houve de tudo na China, menos democracia.